terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Passagem econômica, avião econômico

Bom, estamos em Montevideo, nesse exato momento estou no quarto do hotel (que vai ter um post a parte assim que descobrirmos quão bom ou ruim ele é) assistindo a um belo por do sol e intrigado com um prédio que não sei se é uma igreja, um convento ou um presídio.



Primeiro de tudo, o voo (sem acento), pois foi a primeira etapa da viagem

Conseguimos as passagens numa excelente promoção da Gol, que deixou o voo mais barato que a mesma viagem de onibus, já inclusas as taxas de embarque (tanto de ida quanto de volta). Eu não cheguei a ver o preço dos ônibus, mas pelo que sei devemos ter tido uma economia de pelo menos 10% (confirmarei isso depois).

O novo aeroporto de Porto Alegre é realmente bem melhor que o antigo, mas o serviço da Infraero continua o mesmo. O "status" do voo saiu de "Confirmado" para "Última Chamada" sem nenhum aviso sem ninguém para abrir o portão de embarque (que ainda estava fechado). Isso já com mais de meia hora de atraso.

Se me lembro bem, o avião era um 737-800. Não sei se todos desse modelo são assim, mas a impressão é que você entrou num "micro-onibus comprido". Três fileiras de acentos de cada lado, um corredor do tamanho de um acento no meio. O acento comporta uma pessoa de 1,85 e 110Kg com "tranquilidade", mas imagino que pessoas maiores que isso passem por dificuldades.

Não havia "classe" no avião. Era um "avião econômico". E diga-se de passagem, não tão bem limpo assim.

Como não consegui escolher os lugares (eu queria janelas para a Gabi e para o Vini), ficamos em "linha", e sentamos eu e a Taís no corredor, a Gabi na poltrona (hmm... é um eufemismo para os "bancos", mas vá lá) central e o Vini na janela.

A Taís desde que estávamos na fila do embarque já estava com... hmmm... digamos... "respeito" com o avião. Só pra vocês entenderem um pouco... quando estivemos em Camburiú e andamos no "bondinho" de lá (é um passeio divertido, se passarem por lá aproveitem), a Taís teve uma espécie de "bruxismo" enquanto desciamos e a Gabriela falava: "Mãe, não me aperta assim!" Bom, mas essa é ela, e não vai mudar, então de volta a viagem.

O Vini adorou. Tudo. Quando o avião arrancou, ainda no chão ele começou a rir. Um misto de medo, ansiedade e muita, muita alegria. O chão se afastando, as nuvens chegando, tudo era bom pra ele. Se você acha que alguém consegue ficar uns 15 minutos sem piscar, sim, é possível.

A Gabi gostou, mas o medo atrapalhou um pouco ela. Ela já entende que existe algum risco em voar (sim, riscos existem, fazer o que?), então teve um pouco mais de medo que o Vini. Ela curtiu, mas deve aproveitar melhor a volta.

O voo foi bem tranquilo, tivemos um aviso de turbulência (que eu não senti), e um momento de uma breve turbulência sem aviso (vou chamar de turbulência porque o avião tremeu, mas eu acho que só senti porque estava escrevendo).

O Vinícius dormiu naquele ponto que o avião chega na sua "auto-estrada" e "para", quando a sensação é de que a força do motor e dos ventos se anulam e o avião fica parado, sem ir a lugar nenhum, esperando que por acaso, o aeroporto de destino passe embaixo e ele possa descer. Isso é uma das provas da tranquilidade do voo e do Vini.

Nesso momento trouxeram o lanche. Uma grata surpresa, já que eu esperava, no máximo, uma "barra de cereal". Nos serviram um pão "dormido" (fabricação de ontem) com alface, presunto, tomate e uma coisa que parecia "cream chees". Estava bom se você (assim como eu) gosta de sanduiches "gelados" (passava um pouco do "frio"). Acompanhava um mini alfajor, que estava excelente. A bebida era "Ambev", quente (e se você sabe da minha dependência de COCA COLA, imagina a frustração).

A pior parte do voo foi ter que preencher a papelada para a imigração uruguaia. Eu consigo enjoar na lotação que vai da minha casa ao Iguatemi (30 minutos), ou no ônibus de Porto Alegre a Novo Hamburgo (30 minutos na ESTRADA). Uma hora de cabeça baixa escrevendo foi um esforço hercúleo, mas valeu a pena.

Quando a Taís estava melhorando, o avião começou a descer. Achei melhor que a decolagem, pois com o tempo bem mais limpo em Montevideo que em Porto Alegre, conseguiamos ver a cidade melhor (e o litoral, o que agradou muito a Gabi, que nessa hora já estava na janela, com a Taís no meio e o Vini no corredor).

Quando avisaram que os procedimentos de pouso haviam iniciado, nos arrumamos e todo pareciam muito bem, até o avião "baixar o nariz".

Como foi sensível, a Gabi se segurou no banco com as duas mãos. A Taís perdeu a cor (isso não é força de expressão), o Vini nem se mexeu (o sono bom!) e eu finalmente tinha terminado a papelada.

O pouso foi bem tranquilo, mas o aeroporto de Montevideo (Carrasco, na verdade), não é bem... hmm... bonito. Pequeno, velho e, na minha humilde opinião, feio. Mas o atendimento é bem razoável, e pelo menos nossas malas chegaram inteiras (sujas, mas inteiras), e na quantidade esperada.

Quando chegarem a Montevideo, peguem um taxi OFICIAL do Aeroporto!

Um "maletero" (acho que é esse o termo) me "ajudou" e conseguiu um taxi que me cobrou mais do que o taximetro marcou a corrida (60 pesos a mais), e ainda não me deixou onde eu pedi. Fiquei perto, mas não onde eu queria. E chegar com um monte de malas e duas crianças eufóricas, cansadas e com fome não é exatamente a imagem do paraíso.

Bom, pra início de viagem acho que é isso. Mais muito em breve.

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